segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Essas coisas...


De repente, você acha que conheceu a mulher da sua vida. Tudo bem. Deve ser a centésima vez que isso acontece em cinco anos. O problema é que, uma vez apaixonado, você divisa os sinais da recíproca em todos os lugares. Ela te dá oi:"Deus, ela também me quer!". Retribui um sorriso: "Agora os céus se abrem!". Vocês trombam em um corredor ermo:"O destino está conspirando.".
Após esse estágio inicial da paixão doentia, vem o da queda de rendimento. Se estuda, suas notas caem. Se trabalha, uma demissão é questão de tempo. Não obstante, sua vida continua e o desespero de se livrar da imagem da maldita(ou bendita) garota, também. Colapso mental, indolência contumaz, distração persistente. Tudo isso enquanto exigem que você dê resultados para outrém.
Onde dá isso?
Se você for um puta dum sortudo(ou azarado), vai dar num casamento. Se você for como eu... Ha!Ha!Ha! Se você for como eu, vai dar numa grande desilusão. Ou não.
Enfim, só estou enchendo esse blog com essas besteiras porque não tinha nada melhor pra escrever. Como passei por uma situação desconfortável com uma garota há pouco tempo, resolvi tentar traduzir parte do que senti. Se quiser ler, leia. Se não, tanto faz.

sábado, 3 de outubro de 2009

Niilismo nonsense

Existe algo mais constrangedor do que se deparar com um bando de presunçosos que acreditam ter solução para todos os problemas do mundo?
Nada me irrita mais que ouvir pessoas gritarem , brandindo furiosamente os punhos contra o capitalismo, afirmando ser ele a causa das mazelas da humanidade. Para muitas pessoas, somente a reforma total resolveria nossos problemas.
Mudar bruscamente, de fato, é o melhor caminho. A extinta URSS está aí para confirmar.
A mudança é extremamente necessária. Mas, mais necessário ainda é o conhecimento do que virá a seguir. Transformar água num vinho que não sabemos beber é a causa de alguns grandes fracassos, como a da URSS e o do governo (autoritário ao extremo) de Roberspierre.
Ter partidos e grupos que se oponham ao status quo é uma de nossas melhores garantias contra a total inércia. Mas, acreditar que somos capazes de mudar tudo subitamente e construir um mundo melhor a partir disso ,é absurdo. Achar que “é no tapa que se muda o mundo” é uma das atitudes mais infantis e prepotentes que conheço. Infantil por que nega a concretude da realidade e se orienta conforme sonhos , de certa forma, inefáveis e intangíveis. Prepotente por que parece partir do pressuposto de que o homem tem controle sobre a mudança social, o que é rídiculo.
Não pretendo, todavia, dizer que devemos nos abster de ideais que visem à existência de um mundo melhor e mais justo. Entretanto, acredito que o ideal não deve negar o real. Isso é niilismo nonsense.
Talvez, as melhores oportunidades de se mudar alguma coisa não venham em grandes feitos como as gloriosas revoluções mas, se encontre na forma de se posicionar na sociedade. Buscar pequenas, porém possíveis, melhorias é, para mim, o melhor caminho.
Ver contradições no capitalismo é muito fácil, qualquer um tem pelo menos uma para apontar. O difícil é reconhecer a própria ignorância. Isso só uns 100 homens fizeram ao longo da história.