Eu, sinceramente, me fiz essas perguntas. Acabei chegando à seguinte conclusão:
Sou um completo estúpido porque jamais havia me posto em xeque; defendi obstinadamente idéias como a liberdade e justiça e as projetei em outras pessoas e em Deus; acreditei que protestar e xingar valia alguma coisa , que isso me tornaria rebelde e acabei não percebendo que isso só me tornava igual a todos; nunca pensei que pensar de fato tivesse algum poder e acabei me (perdoem a expressão) fodendo; quando alguém falava mal de mim ou me criticava de algum modo, apenas pensava em como me defender, jamais, no tanto de verdade que as admoestações poderiam conter. Percebi, então, que era um ser humano, falho como qualquer outro e que meu saber de universitário tinha tanto valor quanto o de um analfabeto. Nenhum dos livros entre os vários que li, ao longo da vida, me deu saber. Vi, além disso, que todos somos crianças, ingênuas quanto a tudo e que, no entanto acreditam ser algo no meio do infinito, sem verdades, com apenas crenças. Notei que a religião e a ciência não diferem quanto à proximidade da verdade.
Em suma, descobri que sou estúpido. Sou mesmo. Um completo idiota, acéfalo. Mas, fico feliz por ao menos saber disso. Há muitos por aí que revestem a própria ignorância com um gracioso e barato véu de sabedoria.
Seja um tolo, antes que seja tarde! Ha!Ha!Ha!
